Ultimamente ando lidando com uma ansiedade que insiste em tirar minha paz e, como a maioria das pessoas, recorro à arte como forma de escape para os problemas. Por mais incrível que possa parecer, o processo de edição e criação das imagens se torna uma terapia, ainda que demande tempo e paciência. Você tem ciência que não pode apressar, senão o resultado final pode não sair como o esperado. Então você respira fundo e edita cada centímetro da imagem na esperança que vai gostar do produto final. Mas nunca é certeza. Talvez seja por isso que ainda crio. É ótimo ver imagens antigas que você guardou há tempos sendo dispostas juntas, sendo ressignificadas de uma maneira escandalosamente particular e única.
Mas, como eu disse anteriormente, você nunca sabe se o resultado final vai te satisfazer. Ainda assim, você insiste e persiste em continuar criando, dando forma. Pode passar até cinco horas para criar algo e não gostar do resultado final. Você passa a ser obrigado a aprender a desapegar, porque sabe que aquela obra não te representa. E tudo bem. Faz parte do processo. Faz parte da vida.
A modelo é uma dançarina que eu fotografei na Avenida Paulista, em São Paulo (Brasil) há um tempo. A imagem toda foi composta por fotos de minha autoria (exceto pela textura; obrigado
Brooke) e outra lição importante que aprendi ao finalizar a obra foi pensar no potencial de uma fotografia para futuras criações, antes de descartá-la.
Lately I have been dealing with strong anxiety which insists in keeping me worried and, as many other people, I use art as a way to scape my problems. As much incredible as it might seem, the editing and creating process of the images become a therapy even if demands time and patient. You become aware that you can't hurry things up, otherwise the final result may not end up like expected. So you take a deep breath and starts editing every inch of the image with hopes that you will end up pleased. But you can never be sure. Maybe that’s why I still create. It’s great to see old images which you kept for so long put together and turn into a piece of a whole new meaning.
But, as I said, you can never know if the final result will please you. Yet, you keep editing and giving shape to the image. You can spend even five hours creating something and still don’t like the final result. You learn to let it go, because that piece doesn’t represent you anymore. And it is alright. It is part of the process. It is part of life.
The model of the photography above is an artist who I shot while I was walking with my friends at Paulista Avenue, Sâo Paulo (Brazil) a while ago. Every photo that composed the final image was taken by me (except for the texture; shoutout to Brooke) and another important lesson learnt was that I need to think twice before I delete an image, because it might be helpful in future creations.
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